Por Heloísa Ribeiro Souza.
Richard, um garoto de 12 anos que adorava pregar peças nas pessoas, resolveu chamar Maurício, amigo dele, para passar trote. Os dois pegaram seus celulares e começaram a digitar números aleatórios, até que alguém atendeu:
- Alô, com quem eu falo?
- Eu estou te vendo, e sei o que você está fazendo...
-O-o... quê?! Não! Saia daqui! E-eu... te pago!
- Ande logo, então !
Logo depois do primeiro trote, Richard, percebendo que poderia se divertir muito com isso, repetiu inúmeras vezes, mesmo com o amigo avisando que não iria dar certo. Ele continuou e, na ultima ligação, disse:
- Eu estou na sua casa... e sei o que você está fazendo...
- Como assim?
- Estou na sua casa, compreende?
- Mas é claaaaaaaro que não! Se está em minha casa, deveria saber quem sou eu... e o risco que você corre!
Rapidamente, Richard desligou sem hesitar. Ele estava tremendo de tanto medo, e seu amigo estava rindo dele, pois tinha lhe dito que nem tudo sai como todos esperam.
Cinco dias depois, bateram na porta de Richard. Ele atendeu calmamente, sem nem saber o que esperava, mas logo escutou uma voz... familiar:
- Olá, agora quem te vê sou eu!
Atordoado, ele trancou a porta e correu, mas Mush, o cara a quem ele passou o trote, era um traficante de pessoas e logo matou Richard, cortando ele de pedacinhos em pedacinhos. Uma intensa tortura. Uma hora depois, a polícia chegou por uma denúncia de cheiro ruim e gritos, mas Mush era rápido e fugiu com seus capangas. Cinco anos passaram, mas ninguém sabia o motivo da morte, pois não havia um sequer registro de DNA, e nem imagens...